O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta terça-feira (1º), durante solenidade no Ministério da Saúde, que o Brasil será a sede da Copa América.
Segundo Bolsonaro, os governadores de Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Goiás e "um quinto que chegou um pouco atrasado" aceitaram receber jogos da competição a partir do próximo dia 13. Ele não mencionou o quinto estado.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rival político de Bolsonaro, chegou a declarar que aceitaria receber partidas da Copa se fossem adotadas as medidas preventivas estabelecidas no estado. Mas, no fim da tarde Doria, disse que, após consulta a especialistas do estado, concluiu que seria uma "má sinalização" realizar partidas em São Paulo. "A prioridade é conter a pandemia", disse.
Depois do anúncio de Bolsonaro, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) publicou em uma rede social que serão quatro sedes: Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás.
A assessoria da Casa Civil confirmou o Mato Grosso como sede (e não Mato Grosso do Sul, como disse Bolsonaro).
"Escolhemos as sedes em comum acordo, obviamente, com os governadores. Agora, já tivemos quatro governadores: aqui de Brasília, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Goiás. E mais um agora, que chegou um pouco atrasado, também se prontificando a sediar a Copa América. Então, ao que tudo indica, prezado Queiroga, seguindo os mesmos protocolos, o Brasil sediará a Copa América", afirmou Bolsonaro.
Nesta segunda, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) afirmou que o governo daria nesta terça uma "posição final" sobre a realização da copa no Brasil.
O anúncio de que o Brasil seria a sede da competição tinha sido feito mais cedo pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). A entidade chegou a agradecer o presidente Jair Bolsonaro por "abrir as portas" do país.
"Confirmada a Copa América no Brasil. Venceu a coerência! O Brasil que sedia jogos da Libertadores, Sul-Americana, sem falar nos campeonatos estaduais e brasileiro, não poderia virar as costas para um campeonato tradicional como este.
As partidas serão em MT, RJ, DF e GO, sem público", escreveu Luiz Eduardo Ramos em rede social.
Especialistas em saúde criticaram a escolha do Brasil em meio à pandemia. O país soma mais de 460 mil mortes por Covid, além de 16,5 milhões de casos confirmados da doença. Senadores da CPI da Covid também criticaram a iniciativa
Texto: Por Pedro Henrique Gomes, G1 — Brasília
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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