Fundado aos 12 de janeiro de 1970 pelo Jor CEO Narciso da Silveira

Cidadão Repórter

(66)992511952

Cuiabá(MT), Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024 - 13:50
03/11/2020 as 12:33 | Por Extra |
Delegado da PF é preso em operação que apura pagamento de propina por empresários e advogados
há 33 mandados de busca e apreensão, envolvendo dois delegados da Polícia Federal, o delegado da Polícia Civil Carlos Rangel, sete empresários e cinco advogados
Fotografo: Foto: Reprodução TV Globo
Operação da PF mira empresários e advogados

O delegado da Polícia Federal Wallace Noble foi preso, nesta quinta-feira, na segunda fase da Operação Tergiversação, que investiga corrupção dentro da PF.

Um outro mandado de presisão contra um empresário foi cumprido, mas ele nao foi encontrado em casa. A ação é realizada pela Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro e pelo Ministério Público Federal.

Além dos mandados de prisão expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio, há 33 mandados de busca e apreensão, envolvendo dois delegados da Polícia Federal, o delegado da Polícia Civil Carlos Rangel, sete empresários e cinco advogados.

O último balanço da Operação Tergiversação, divulgado pela Polícia Federal, dá conta, além da prisão de Wallace Noble, da apreensão de sete carros de luxo, nove obras de arte, 43,9 mil dólares, 22,4 mil euros, R$ 53.330, além de diversos celulares, notebooks, pen drives, HDs e documentos.

O alvo é uma organização criminosa acusada de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, organização criminosa e obstrução à Justiça.

Nessa nova etapa, os alvos são outros empresários que participaram do esquema de pagamento de propina para policiais em troca de proteção nas investigações realizadas nas operações Titanium (que tratava de fraudes envolvendo o Plano de Saúde dos Correios) e Viupostalis (que cuidava de fraudes envolvendo o Postalis).

Também foi identificado o envolvimento de advogados que atuaram como intermediários das cobranças de vantagens indevidas dos empresários, e ficavam com uma parcela dos elevados valores pagos aos envolvidos.

Segundo a Polícia Federal do Rio, nessa segunda fase da operação, as investigações mostraram que as vantagens indevidas recebidas pelos envolvidos e reveladas até o momento giram em torno de R$ 10 milhões.

A apuração se baseia em quebras de sigilos, material colhido nas buscas e apreensões e dois acordos de colaboração premiada.

As investigações que culminaram na ação desta quinta-feira encontraram pagamento de propina de cerca de R$ 4,3 milhões de mais 11 empresários que eram investigados nas operações Viupostalis e Titanium.

Sendo que, nesta última, foi identificada oferta de valores indevidos para que houvesse omissão de informações sobre a participação dos empresários nas fraudes envolvendo a Gerência de Saúde dos Correios.

Um escritório de advocacia no Centro do Rio foi alvo de buscas pelos agentes na manhã desta quinta-feira. No mandado, expedido pela juíza substituta da 7ª Vara Federal Criminal Caroline Vieira Figueiredo, foi pedida a apreensão de quaisquer materiais — como documentos, mídias, comprovantes de transações bancárias e outras provas — que estejam relacionados com os crimes cometidos pela organização criminosa.

Atuação da organização criminosa

Como parte do esquema da organização criminosa que se formou, foi identificada a participação de dois advogados.

A função deles seria de "buscar oportunidades para a cobrança de vantagens indevidas dos investigados e potenciais investigados nas apurações conduzidas no Núcleo de Repressão a Crimes Postais", segundo o MPF.

Os valores pagos de propina pelos empresários eram então divididos entre os advogados, os agentes públicos e demais intermediários.

O pagamaneto de propina, em alguns casos, era feito mensalmente para que houvesse fornecimento de informações antecipadas sobre operações policiais ou investigações.

Assim, havia intervenção no trabalho de outros delegados a fim de preservar os interesses do grupo.

Na primeira fase foram identificados, entre outros, os delegados da Polícia Federal Lorenzo Pompílio da Hora e Julio Rodrigues Bilharinho e o escrivão Éverton da Costa Ribeiro, na época lotados no Núcleo de Repressão a Crimes Postais da Delepat/RJ. Agora, nesta segunda etapa da Operação Tergiversação, contatou-se que a organização criminosa operou no mesmo modelo em parceria com um delegado de Polícia Civil também para o recebimento de propina.

Primeira fase

A primeira fase da Operação Tergiversação foi realizada em junho de 2019, com o cumprimento de nove mandados de prisão — dos quais seis preventivas e três temporárias — e 25 de busca e apreensão, também determinados pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O grupo é responsável por crimes de corrupção ativa e passiva.

Ao todo, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 11 pessoas apontadas como integrantes do esquema. Entre elas, o delegado Lorenzo Martins Pompílio da Hora e o escrivão Éverton da Costa Ribeiro.

Foi identificado que servidores lotados no Núcleo de Repressão a Crimes Postais, vinculado à Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio, cobravam propina para excluir os nomes de empresários e suas empresas das investigações em andamento no núcleo.

O esquema, com ganho de vantagem indevida, foi descoberto durante as operações Titanium (que investigava fraudes envolvendo o Plano de Saúde dos Correios) e Viupostalis (sobre fraudes envolvendo o Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios).

Nestas ações, o MPF identificou pagamento de propina que somava mais de R$ 5 milhões. Os pagamentos eram feitos em dinheiro ou por meio de transferências bancárias. alguns dos empresários envolvidos com o grupo fizeram delação premiada.

Fonte: Extra

Jornalista:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Municípios da Grande Baixada Cuiabana.
E.mail . Jornal.int@gmail.com.br    
Site www.brasilintegracao.com.br




Notícias Relacionadas





Entrar na Rede SBC Brasil