A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) realizou nesta terça-feira (20.10), uma palestra sobre o Projeto de Confinamento de Bovino de Corte que usa tecnologia com menos tempo para o abate, em torno de 90 dias.
O médico veterinário da Empaer, Jair de Albuquerque Siqueira, fala que o projeto é voltado para o pequeno e médio produtor, e dentre as vantagens do confinamento está a redução da área necessária para a produção.
Em apenas um hectare podem ser confinados até mil animais, somente com ração balanceada.
De acordo com Jair, além de evitar o desmatamento com a abertura de novos pastos e piquetes, o confinamento contribui também para a geração de empregos diretos e indiretos.
Hoje nos municípios de Matupá, Guarantã do Norte e Terra Nova do Norte estão em confinamento 2.500 cabeças de bovinos e já foram montados cindo projetos na região.
Ele ressalta que pequenos e médios produtores de bovinos estão profissionalizando cada vez mais a atividade ao investir em tecnologia.
No sistema tradicional (a pasto), o bovino pode levar em média, após o desmame, dois anos para o abate.
“Estamos orientando os produtores interessados no confinamento desde a elaboração do projeto até a montagem de toda a estrutura, que inclui a construção dos galpões de confinamento, da fábrica de rações, inclusive com piso de concreto e cobertura, além de máquinas, equipamentos, alimentação, entre outros”, esclarece.
As taxas de rentabilidade variam entre 10 e 40% do capital investido (custeio + investimento), após cada lote terminado.
Conforme Jair, a rentabilidade depende de vários fatores, tais como preço da arroba na compra e na venda dos animais, preço dos insumos das rações durante o confinamento, peso de entrada e saída dos animais, duração do confinamento, qualidade da alimentação, etc.
“O pecuarista poderá ter um retorno de R$ 500,00 por animal no final do confinamento”, conclui.
O presidente da Empaer, Renaldo Loffi, destacou que esse projeto de confinamento elaborado pela empresa tem atraído pecuaristas de vários estados do Brasil e do exterior.
Ele destaca que a Empaer quer levar para o pequeno e médio produtor toda tecnologia recomendada para o abate de bovinos num período de 90 dias.
“Estamos buscando parcerias para ampliar o trabalho e atendimento ao produtor interessado na atividade da pecuária de corte”, esclarece Loffi.
A palestra contou com a participação de representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (Sedec), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Sindicato Rural de Cuiabá, Programa REED Early Movers (REM) e outros.
Fonte: Rosana Persona | Empaer-MT
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