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Cuiabá(MT), Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024 - 03:33
08/02/2021 as 11:22 | Por Por G1 MT |
Gerente de unidade do Ganha Tempo em MT é preso suspeito de descumprir decisão
Ele teria coagido funcionários a aceitar um advogado da empresa e solicitado a produção de provas falsas com objetivo de atrapalhar a investigação.
Fotografo: Foto: Secom-MT
Unidade do Ganha Tempo foi inaugurada em Sinop em 2018

O gerente afastado da unidade do Ganha Tempo do município de Sinop, na região norte do estado, foi preso no sábado (6) pela Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor).

Ele teve a prisão decretada pela Justiça por descumprimento de uma decisão judicial que proibia que ele mantivesse contato com os funcionários da empresa durante intervenção do estado.

Ele é funcionário da empresa Rio Verde, que detém a concessão das unidades do Ganha Tempo, em Mato Grosso e é alvo de uma investigação por suspeita de fraudes na emissão de senhas para receber a mais do governo do que os serviços prestados, de fato.

A prisão ocorreu no bojo de uma investigação paralela à Operação Tempo é dinheiro, deflagrada em setembro do ano passado.

A empresa foi afastada da administração do programa no dia 1º de setembro de 2020, no decorrer da operação “Tempo é dinheiro”, que apreendeu documentos e computadores nas unidades e nas casas dos investigados. Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão durante a operação.

Na mesma decisão que expediu os mandados, a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, ainda determinou a suspensão dos gerentes de unidades e gestores da empresa das funções ocupadas na empresa, os proibiu de frequentar as unidades Ganha Tempo e de manter contato com os demais funcionários dos quadros da concessionária.

Foram encontrados indícios de que o gerente descumpriu a ordem judicial expedida em decorrência da investigação e manteve contato com funcionários da unidade.

Segundo a investigação policial, o gerente afastado teria coagido funcionários a aceitar um advogado da empresa e solicitado a produção de provas falsas com objetivo de embaraçar a investigação, oferecendo em troca cargos na empresa quando voltasse ao comando da unidade.

Um dos funcionários afirmou ter registrado um boletim de ocorrência com informações falsas sobre a fiscal da Secretaria de Planejamento e Gestão de Mato Grosso (Seplag), a pedido do gerente.

Bloqueio de bens

A Justiça já bloqueou RS 13 milhões da concessionária e empresas ligadas à ela, como forma de garantir o ressarcimento aos cofres públicos.

Senhas fraudadas

A operação da Policia Civil revelou fraudes no sistema de emissão de senhas, e uso indevido de CPFs de pessoas que já haviam sido atendidas, multiplicando a quantidade atendimentos.

O governo do estado teria pago por 105 mil atendimentos não realizados no Ganha Tempo pela empresa Rio Verde, que detém a concessão dos serviços desde 2017.

O pagamento foi feito porque a empresa teria fraudado o sistema de emissão de senhas usando o CPF de pessoas que já tinham sido atendidas nas unidades. Por exemplo, uma pessoa que foi atendida uma vez teve o CPF inserido no sistema como se tivesse buscado atendimento 100 vezes.

Contrato de concessão

O contrato foi firmado durante o governo de Pedro Taques, entre a Secretaria Estadual de Assistência Social, à época sob a administração de Max Russi, e a empresa para a administração das sete unidades do Ganha Tempo em Mato Grosso.

A MT Participações e Projetos (MT PAR) foi a responsável pela coordenação da modelagem da Parceria Público Privada (PPP).

Fonte:  Por G1 MT

Jornalista:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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