A Justiça do Distrito Federal manteve a condenação de um policial militar acusado de tortura. Jemus Kenji Sumiya foi sentenciado a 2 anos e 4 meses de reclusão e perdeu o cargo na corporação após "empregar violência física e mental" contra uma pessoa. Segundo o processo, ele tentou fazer a vítima confessar um crime.
A decisão, em segunda instância, é de 4 de março. De acordo com a denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), em 12 de agosto de 2016, Jemus abordou uma vítima para averiguar um possível roubo de celular, momento em que ocorreram as agressões.
Segundo os promotores, o homem abordado pelo militar foi agredido com tapas, socos e chutes, na tentativa de conseguir uma confissão.
Entretanto, ele alegou não ser o autor do crime. A acusação é negada pela defesa.
Na sentença, o magistrado disse que "a materialidade e autoria do crime restaram comprovadas pelos depoimentos da vítima, testemunha e perícia médica". De acordo com o juiz, o laudo descreve lesões compatíveis com as narrativas.
De acordo com a decisão, apesar da defesa ter pedido a absolvição do sentenciado, por insuficiência de provas, ou a desclassificação da pena para um crime mais brando, o juiz considerou que há evidências condenatórias.
Defesa nega agressões
Ao G1, o advogado de Jemus, Marcos Quaresma, disse que irá recorrer da decisão. De acordo com ele, o processo é repleto de "inconsistências e falhas nas provas".
"O processo penal tem um norte, que é a busca da verdade real", diz o advogado."
De acordo com o advogado, não houve agressão. Marcos Quaresma diz que não é possível condenar uma pessoa enquanto houver dúvidas.
"É importante salientar que pelo menos quatro outros policiais participaram dessa abordagem e afirmaram que não houve violência", aponta.
Texto: Por Walder Galvão, G1 DF
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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