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03/09/2021 as 11:28 | Por Por Centro América FM |
Magistradas de MT fazem parte de ação para retirar 270 juízas ameaçadas do Afeganistão
As juízas afegãs estão escondidas pois, nos últimos 20 anos, deram decisões contra integrantes do talibã, radicais que negam direitos às mulheres
Fotografo: Wali Sabawoon/AP
Mulheres pedem direitos políticos no Afeganistão, em 3 de setembro de 2021

A desembargadora Shelma Lombardi de Kato, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e a juíza Amini Haddad Campos assinaram o manifesto que articula a retirada de 270 juízas do Afeganistão que estão sujeitas a perseguições, ações violentas e correm risco de vida.

O documento assinado por lideranças é uma ação de articulação com a comunidade internacional para o resgate dessas autoridades femininas do Afeganistão, que estão ameaçadas pelo comando talibã.

"Essas juízas estão escondidas em buracos com suas famílias, porque o risco já é certo. Elas já foram indicadas como pessoas que estão sendo caçadas pelo talibã. É um regime que não reconhece os direitos humanos das mulheres", diz Amini Haddad, membro da Associação Internacional de Mulheres Juízas."

Shelma Lombardi é fundadora da associação, por isso também participa da iniciativa.

As juízas afegãs estão ameaçadas pois, nos últimos 20 anos, deram decisões contra integrantes do talibã, radicais que negam direitos às mulheres e que atuam com um regime totalitário. Essas mulheres e suas famílias permanecem no Afeganistão.

"Em janeiro deste ano, mesmo o talibã não tendo ainda tomado o poder, eles assassinaram cruelmente duas magistradas. Eles não aceitam a autoridade feminina ou qualquer legitimidade da voz feminina no poder. É um regime totalitário", afirma Amini."

A ação envolve a Associação Internacional de Mulheres Juízas (IAWJ) , a Associação Nacional de Magistradas e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Essas organizações articulam junto ao Itamaraty, ao Ministério da Defesa e ao Comando da Força Aérea Brasileira (FAB), uma operação estratégica para a retirada dessas mulheres ameaçadas.

"É uma ação estratégica que precisa ser silenciosa. Muitas (mulheres) já foram mortas ou caçadas. A ação precisa ser bem pensada e estruturada para não colocar mais em risco a população", explica."

O Brasil atua em cooperação internacional, já que é um dos países que assinou tratados de direitos humanos. A iniciativa tem a articulação internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) está a frente.

A ação estratégica tem a participação de países como o Paquistão, Estados Unidos, França, Inglaterra e Portugal.

"Estamos falando de mulheres que estão sendo buscadas em suas residências e condicionadas à exploração sexual daqueles que são membros do talibã. Estamos considerando a existência de meninas que já estão condicionadas a servirem a esse grupo", afirma Amini."

O Afeganistão é um país que fica na Ásia, faz fronteira com uma parte da China e agora está sob o comando de um grupo radical islâmico, o talibã. Esse grupo já comandou o país no passado, com medidas muito violentas e agora retomou o poder após derrubar o governo.

Milhares de pessoas com medo da violência já deixaram o Afeganistão, inclusive funcionários e autoridades que faziam parte do governo anterior.

"Sabemos que houve um processo histórico sangrento para a conquista das normativas de direitos humanos. Precisamos que esses documentos possam se fazer concreto. Acredito que uma ação bem articulada pode dar certo", conclui Amini Haddad.

 

Por Centro América FM

Colaborou:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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