A Polícia Federal encerrou o inquérito que apurava um suposto “Caixa 2” do deputado estadual Wilson Santos (PSDB). Ele foi citado em delação premiada como beneficiário de R$ 175 mil nas eleições de 2014.
Wilson Santos sofreu o inquérito após o ex-secretário de estado de educação (Seduc-MT), Permínio Pinto, relatar em colaboração premiada três depósitos de R$ 40 mil, R$ 60 mil e R$ 75 mil, no pleito de 2014. O parlamentar estadual sempre negou ter recebido o valor, apontado pelo delator como “Caixa 2”
A PF, no entanto, relata que Permínio repassou “dados imprecisos”, que foram descritos de “forma genérica”, não encontrando elementos mínimos para enquadrar Wilson Santos na legislação eleitoral.
“Embora o colaborador tenha relatado informações sobre possíveis irregularidades, tais dados se mostram imprecisos.
Os fatos foram descritos de forma genérica e superficial, não informando dados consistentes e elementos probatórios mínimos sobre a prática do delito”, informou a PF.
Ainda de acordo com a manifestação da Polícia Federal, mesmo com a delação, verificou-se “a escassez de elementos de prova da materialidade delitiva”, levando ao encerramento dos “trabalhos de Polícia Judiciária”. Agora, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público e, posteriormente, a Justiça Eleitoral.
DELAÇÃO
Segundo informações dos autos, o inquérito foi aberto a partir de informações prestadas por Permínio Pinto em seu acordo de colaboração premiada e refere-se a dois momentos que poderiam configurar a prática de Caixa 2 do então candidato Wilson Santos – em 2008 e 2014.
O ex-secretário da Seduc conta que no ano de 2008 recebeu o convite de Santos, então prefeito de Cuiabá que buscava a reeleição, para ser um de seus coordenadores de campanha.
Ele conta que aceitou o encargo, tendo em vista ser um dos filiados históricos do PSDB em Mato Grosso. Segundo Permínio, entre suas responsabilidades, estava a “formação de Caixa” para a campanha à reeleição de Wilson Santos.
Uma das “estratégias” de arrecadação dos recursos, conforme a delação, era um esquema que envolvia fornecedores da prefeitura da Capital e o BIC Banco. As organizações tomavam empréstimos com a instituição financeira.
Mais tarde, após as eleições, as referidas empresas repassavam recursos recebidos pela prefeitura de Cuiabá, enquanto prestadoras de serviços, e pagavam os débitos com o BIC Banco.
Já no ano de 2014, quando Wilson Santos disputou uma das vagas de deputado estadual, Permínio Pinto revelou que recebeu um pedido do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) para receber em sua conta bancária R$ 175 mil. O pagamento teria sido realizado em três depósitos –de R$ 40 mil, R$ 60 mil e R$ 75 mil.
Os recursos, conforme o ex-secretário da Seduc-MT, foram distribuídos entre Wilson Santos, Carlos Avalone e Guilherme Maluf – todos candidatos do PSDB à deputado estadual no pleito
Fonte: Folha max
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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