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Cuiabá(MT), Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024 - 22:00
10/07/2020 as 10:59 | Por RUBENS VALENTE |
Presos funcionários do Ibama em Mato Grosso
Grupo foi flagrado por policiais pescando ilegalmente em uma reserva ecológica
Fotografo: assessoria
Sem Legenda

Quatro funcionários do primeiro escalão do Ibama de Mato Grosso foram presos pela Polícia Federal sob acusação de pesca ilegal na Reserva Ecológica do Taiamã, um santuário do Pantanal de Mato Grosso, perto de Cáceres (215 km de Cuiabá).

O procurador do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Estado, Dilson Ferreira Pedrosa, chegou a ser detido pela PF mas, por causa de prerrogativas que possui como funcionário do Ministério Público Federal, foi solto e deverá responder administrativamente pela acusação.

Foram presos o chefe do escritório regional do Ibama em Cáceres, José Miguel Scaff Filho, o chefe da Estação Ecológica Taiamã, João Edson Zuchinni, o chefe da Unidade de Preservação Ambiental, Gaspar Saturnino Rocha, e o assessor da Superintendência do Ibama, Ediberto Nascimento.

As prisões ocorreram no domingo de Carnaval, mas só vieram a público depois do feriado.

A polícia foi acionada pela diretora do Juizado Volante Ambiental, a juíza Valdymara Paiva Zanolo, após uma denúncia anônima.

Junto com os funcionários, a polícia apreendeu varas de pescar, material de pesca e três peixes fora da medida e outros 20 quilos de pescado irregular que teriam sido apreendidos pelos funcionários com um outro pescador, que no entanto não foi preso.

O barco apreendido foi uma doação da Aarpa (Associação dos Amigos do Rio Paraguai), organização não-governamental que atua contra a pesca predatória.

Qualquer forma de pesca é proibida na reserva ecológica, exceto no caso extremo de fome, segundo o delegado Fábio Amorim Soares, que indiciou três funcionários por pesca ilegal e um, Miguel Scaff, por prevaricação (deixar de cumprir ato de ofício).

Cada funcionário pagou uma fiança de R$ 51 e foi liberado para responder ao processo em liberdade.

A Procuradoria Geral da República foi comunicada pela polícia da detenção e deverá abrir procedimento interno. Miguel Scaff disse ontem à Agência Folha que sua prisão foi um equívoco.

Ele afirmou que os funcionários estavam cumprindo uma ordem de serviço para apurar o fenômeno da "dequada" (morte de peixes por falta de ar, que ocorre anualmente no Pantanal por motivos diversos, incluindo poluição) na reserva.

Scaff afirmou que os peixes apreendidos seriam usados para alimentação dos funcionários.

Os 20 quilos achados em seu barco, segundo ele, foram apreendidos com um pescador profissional.

Fonte: RUBENS VALENTE/da Agência Folha, em Campo Grande

Colaboração Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Cuiabá e Municípios da Grande Baixada Cuiabana.
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