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14/01/2021 as 19:26 | Por Marcos Nunes |
Traficantes podem estar por trás do desaparecimento de três crianças em Belford Roxo
As três crianças foram vistas pela última vez, no dia 27 de dezembro, em uma quadra de futebol de um condomínio, no Morro do Castelar
Fotografo: Cléber Júnior / Agência O Globo
Policiais militares foram chamados para tentar controlar tumulto que acabou com ônibus queimado

A Polícia Civil informou que a principal linha de investigação seguida para apurar o desaparecimento de três crianças, ocorrido em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no último dia 27, é a de que o sumiço dos meninos, com idades variando entre 8 e 11 anos, tenha tido participação de traficantes do Morro do Castelar, localizado no mesmo município.

Segundo o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, o fato do tráfico ter torturado um homem para que ele confessasse o crime e a queima de um ônibus, a menos de 200 metros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), nesta terça- feira, fizeram a polícia acreditar no envolvimento de traficantes no episódio.

A DHBF é a delegacia que investiga o desaparecimento dos meninos. Pouco depois do incêndio ao ônibus, um grupo de moradores chegou a se aglomerar, nas proximidades da delegacia, pedindo justiça para o caso. As três crianças foram vistas pela última vez, no dia 27 de dezembro, em uma quadra de futebol de um condomínio, no Morro do Castelar.

A informação inicial era a de que os meninos teriam deixado o local para ir comprar ração para pássaros, em uma feira, no Bairro de Areia Branca, vizinho ao Castelar. A polícia, no entanto, não detalhou porque o tráfico poderia estar por trás do sumiço dos garotos.

Após a descoberta de que traficantes sequestraram um homem, amarraram e apresentaram para as famílias dos garotos desaparecidos como sendo o responsável pelo desaparecimento das crianças, assim como o fato de a manifestação de ontem (de terça-feira) com um ônibus queimado ter tido incitação de pessoas ligadas ao tráfico de drogas, a Polícia Civil colocou como principal linha de investigação a participação de traficantes no desaparecimento dos meninos — disse o secretário de Polícia Civil.

Mãe de três filhos, a dona de casa Tatiana da Conceição Ribeiro, de 31 anos, não consegue se alimentar nem dormir direito há 17 dias.

O motivo da insônia da dona de casa, que é mãe de três crianças, é o filho mais velho Fernando Henrique, de 11 anos.

O garoto é um dos três meninos que desapareceram no dia 27 de dezembro, no Morro do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Nesta quarta-feira, ela reuniu forças para ir pessoalmente à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

Ao lado da aposentada Silvia Regina, avó de Lucas e Alexandre — que sumiram junto com Fernando Henrique —, ela tentava saber notícias do filho. Tatiana também foi à DHBF para entregar uma sacola com roupas sujas de sangue, encontradas por moradores do Morro do Castelar em uma casa no local.

Segundo a polícia, o material deverá passar por exames de DNA para saber se o sangue pertence a alguns dos desaparecidos.

Perguntada se tem esperança de reencontrar seu filho, a Tatiana respondeu deixando claro o tamanho de sua dor.

— Eu já não sei mais se meu filho está vivo ou não. Fico o tempo inteiro chorando em casa. Não estou comendo e nem durmo direito. Tenho mais dois filhos.

O menorzinho, de um ano, não para de perguntar pelo irmão. Só sei que meu filho não ficaria tanto tempo assim fora de casa, por vontade própria. A gente quer o Fernando Henrique de volta — disse a dona de casa.

Até a última terça-feira, o Disque-Denúncia (2253-1177) já havia recebido mais de 15 ligações com denúncias sobre o caso.

Todas foram repassadas para a Polícia Civil e para a Polícia Militar. Nesta quarta-feira, agentes da DHBF deixaram a especializada em três carros para checar uma denúncia sobre uma pista para a localização das crianças, mas nada foi encontrado.

Um dia antes, na terça-feira, um homem chegou a ser levado amarrado por moradores do Morro do Castelar para a 54ª DP(Belford Roxo).

Como havia um vídeo no telefone do homem com cena pornográfica envolvendo menores, que na verdade eram seus enteados, ele chegou a ser espancando por traficantes e apontado como suspeito de envolvimento no sumiço dos três meninos.

A DHBF investigou o caso e concluiu inicialmente não haver indícios de que esse homem tenha alguma participação no triplo desaparecimento.

Fonte:   Marcos Nunes/Extra

Jornalista:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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