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Cuiabá(MT), Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024 - 07:00
30/05/2022 as 15:38 | Por Luiz Antônio Costa |
Milton Gonçalves, ícone da TV brasileira, morre aos 88 anos
Segundo a família, ele morreu em casa, por consequências de problemas de saúde que vinha enfrentando desde que teve um AVC.
Fotografo: Divulgação
Morre o ator Milton Gonçalves, aos 88 anos

O ator e diretor Milton Gonçalves, ícone da TV brasileira, morreu no Rio nesta segunda-feira (30), aos 88 anos.
 
Conhecido por trabalhos marcantes em novelas como "O bem-amado" (1973), "Pecado capital" (1975) e "Sinhá Moça" (1986), ele morreu em casa por volta de 12h30, segundo a família, por consequências de problemas de saúde decorrentes de um AVC sofrido em 2020.
 
Na ocasião, o ator ficou três meses internado e precisou de aparelhos para respirar.
 
O ator também venceu preconceitos e lutou pelo reconhecimento do trabalho dos negros, como lembrou o filho e também ator Mauricio Gonçalves (leia mais abaixo).
 
O velório acontecerá nesta terça-feira (31) no Theatro Municipal, no Centro da cidade. O horário ainda não foi divulgado.
 
Viúvo, ele deixa três filhos e dois netos.
 
Nascido em 9 de dezembro de 1933, na pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, Milton Gonçalves fez mais de 40 novelas só na Globo, onde também atuou em programas humorísticos e minisséries de sucesso, como as primeiras versões de "Irmãos Coragem" (1970); "A Grande Família" (1972); e "Escrava Isaura" (1976).
 
Outros trabalhos de destaque do ator foram as séries "Carga Pesada" (1979) e "Caso Verdade" (1982-1986).
 
Sua atuação como Pai José na segunda versão da novela "Sinhá Moça" (2006) lhe valeu a indicação para o prêmio de Melhor Ator no Emmy Internacional. Na cerimônia, apresentou o prêmio de Melhor Programa Infanto-juvenil ao lado da atriz americana Susan Sarandon. Milton foi o primeiro brasileiro a apresentar o evento.
 
A última novela que o ator Milton Gonçalves participou na TV Globo foi "O Tempo Não Para" (2018), quando interpretou o catador de materiais recicláveis Eliseu.
 
Ainda criança, Milton se mudou com a família para São Paulo, onde foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico. Ele fez teatro infantil e amador. Sua estreia profissional acorreu em 1957, no Arena, na peça "Ratos e Homens", de John Steinbeck.
 
Junto com Célia Biar e Milton Carneiro, Gonçalves formou o primeiro elenco de atores da Globo. Ele chegou à emissora a convite do ator e diretor Otávio Graça Mello, de quem fora companheiro de set no filme "Grande Sertão" (1965), dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira.
 
"Não tinha inaugurado nada ainda. Os três estúdios, aquele auditório, pareciam para mim os estúdios da Universal. O primeiro salário foi 500 cruzeiros. E eu fiquei feliz", recordou Milton em um depoimento para a TV Globo.
 
Ator lutou por bons papéis para negros
 
O filho de Milton Gonçalves, o também ator Maurício Gonçalves, lembrou que o pai venceu preconceitos e lutou pelo reconhecimento do trabalho dos negros.
 
"Esse Milton que as pessoas não conhecem, batalhador. Nunca deixou cair a peteca no que tange aos filhos. O maior ensinamento meu pai me passou: ser guerreiro, nunca abaixar a cabeça a não ser para os sábios, mas lutar o tempo todo".
 
Maurício disse que sempre teve o pai como herói. Quando criança, quando viu a personagem Zelão das Asas voando na novela e ficou ainda mais impressionado.
 
"Ele sempre voou e gerou esses frutos. A gente tenta fazer o melhor possível, a gente tenta honrar essa memória do meu pai. A gente tenta fazer o melhor, mas é lutar para tentar chegar perto", disse Maurício.
 
Outras personagens como Rainha Diaba também foram muito marcantes. Era a época da ditadura, e Maurício diz que não deve ter sido fácil fazer um fora da lei, negro e homossexual, num tempo difícil, cheio de preconceitos.
 
Política
 
O ator também teve importante militância política. Simpatizante do Partido Comunista Brasileiro na juventude, chegou a se candidatar ao governo do Rio de Janeiro em 1994, pelo PMDB.
 
Sua experiência no universo da política o ajudou a compor o personagem Romildo Rossi, um político corrupto, em "A Favorita" (2008), de João Emanuel Carneiro.
 
Por Luiz Antônio Costa, g1 Rio e TV Globo
 
Colaborou:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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