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24/07/2022 as 10:43 | Por César Santos |
Sinop e muros invisíveis
A Janela Literária Nietzsche – Sobre Sinop e muros invisíveis
Fotografo: imagem pessoal
Sem Legenda

É um dever de todo administrador público sonhar, pensar e causar o presente e o futuro de sua cidade. É um direito de todo cidadão sonhar e lutar pela melhoria das condições humanas de sua cidade, do lugar onde se vive, torna-la mais humana… é um fato que deveria permear a vida de cada um, todos devemos contribuir de uma forma ou de outra. Vivo em Sinop há dez anos, cidade onde minhas queridas filhas nasceram, onde vivem os felizes anos de suas infâncias. Ah ! o coração recua aos doces prados da infância, estamos umbilicalmente ligados à terra onde nascemos e vivemos. A cidade, as ruas, o nicho urbano, o chão das relações entre as pessoas, o espaço da cidadania, vivo e dinâmico, onde convivem, digladiam e proliferam-se as emoções, tudo isso desperta em nós um amor ainda maior pelo lugar onde vivemos. Todos nós devemos e podemos empreender uma luta incansável na busca de melhoria das condições humanas de nossa cidade, mesmo que utópicas, a cidade da infância de nossos filhos, onde brilha nossa pátria e nossa profunda esperança. Quem ama jamais abandona, cuida, protege, elege-se um pedestal para sua amada, vive e luta para torna-la ainda mais bela, admira e sonha com seus encantos…
 
O homem não pode ver o universo a partir do universo, senão a partir do lugar onde vive. Platão dizia com razão que: “sem as utopias o homem não teria saído das cavernas, as utopias servem como combustível para acionar a força criadora do homem e ajudar as sociedades a caminhar. Tudo o que uma pessoa pode imaginar outras podem tornar realidade”. (Veja 02.02.05)
A cidade sendo o palco do ser humano automaticamente deveria estar voltada para atender aos anseios de seus habitantes no tocante a todas as áreas de atividade: saúde, lazer, bem estar, espaço geográfico, praças, calçadões, enfim, a cidade mais humanizada a serviço do cidadão. Não se pode privilegiar o econômico em detrimento do humano.
 
Em Paris, cidade luz do mundo privilegia-se o pedestre, o transeunte, o cidadão sem o seu automóvel. Uma cidade voltada efetivamente para o humano. Os espaços públicos em benefício do ser humano com a construção de grandes praças, locais de lazer, calçadões onde é proibido entrar com veículos. Se a cidade não tiver sido pensada, adequada e vocacionada para o ser humano na sua total liberdade de ir e vir, terá sido em vão qualquer melhoria que se tentar fazer.
 
No caso de Sinop não temos praças, tampouco calçadões, espaços voltados para o público. A cidade muito se expandiu e cresceu nos últimos tempos, entretanto, esqueceu-se ou perverteu-se de sua vocação humana. Assim, é de se perguntar: Porque será que não asfaltam a minha rua? Talvez por que minha rua localiza-se em um bairro classe média baixa e dista muito do centro da cidade. Porque não se duplica a entrada da cidade desde o Alto da Glória até a Sinop Agroquímica, com amplos calçadões laterais e jardins, com total liberdade para os pedestres? Esta idéia nos faz invejar a vizinha e linda Lucas do Rio Verde. Porque não implantam jardins floridos nos espaços laterais do viaduto? Por que não se constrói ciclovias ao longo das ruas e avenidas de Sinop, para beneficiar os ciclistas visto que é um meio de transporte bastante comum em nossa cidade e privilegiaria justamente aos mais humildes? Por que não se constrói um passarela para caminhadas ao redor da área verde em frente à Colonizadora e o Banco do Brasil ? Por que não transformar a Avenida Júlio Campos em um amplo calçadão destinado exclusivamente aos pedestres, estou certo que toda sociedade aprovaria e os comerciantes daquela avenida adorariam, já que tal medida além de beneficiar o povo, beneficiaria, sobretudo o comércio. Por que será que o esporte e a beleza de Sinop ficaram tão relegados, já que temos uma gloriosa tradição em beleza feminina e futebol. Por que não se constrói uma grande praça pública nos fundos do estádio municipal. Tais medidas se implementadas a custos razoáveis somente tornariam a nossa cidade mais humana, mais querida e admirada e muito melhor para viver.
 
Os mecanismos tradicionais de governo têm se mostrados ineficientes e insuficientes para a consecução de uma vida mais plena voltada aos efetivos interesses populares. Há que se inventar novas arquiteturas de governos, tratar a cidade com mais carinho, mais amor, torna-la efetivamente de toda gente.
Assim, vivemos um novo século, um novo impulso e uma nova administração pública cuja missão precípua é conduzir Sinop ao seu destino, legando o seu próprio nome à posteridade. Administrar é sonhar, pensar e causar…
 
César Santos é servidor público federal, geógrafo e advogado, formado pela UFMT.
 
Colaborou:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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