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Cuiabá(MT), Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024 - 16:52
01/02/2021 as 10:07 | Por Carla Araújo |
Fecomércio-RJ defende volta do auxílio e teme colapso econômico em 2021
"Quando pedimos a volta desse benefício, não é uma reclamação abstrata. Os números mostram o impacto dessa medida.
Fotografo: Dikran Junior/AGIF
Movimentação no Mercadão de Madureira, centro de comércio popular, no subúrbio da cidade do Rio de Janeiro

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-RJ, em janeiro, apontou que um terço dos empresários do estado acredita que a situação vai piorar com o fim do auxílio emergencial.

Para o presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, é fundamental que passada a eleição do Congresso o tema volte a ser debatido e que uma solução seja encontrada.

"Espero que no minuto seguinte voltemos a tratar de um pacote econômico para salvar 2021", disse em entrevista à coluna.

"Quando pedimos a volta desse benefício, não é uma reclamação abstrata. Os números mostram o impacto dessa medida. A decisão será do governo e do Congresso".

Segundo ele, o auxílio emergencial é fundamental para o comércio. "Sem o auxílio, como mostrou uma pesquisa recente do Datafolha, quase 70% das pessoas beneficiadas não encontraram uma outra fonte de renda.

Ou seja, sem ele o horizonte é de uma forte depressão nas vendas do comércio, o que impacta os demais setores", diz.

Na visão de Queiroz Junior, é fundamental que o governo comece a tirar do papel novas medidas econômicas, sob o risco de um agravamento da situação econômica ainda pior do que 2020.

"O Brasil corre o sério risco de entrar em colapso econômico em 2021 se o governo demorar e não tomar medidas como tomou no ano passado. As pessoas e as empresas não podem ficar à deriva", diz.

O executivo afirma que, apesar de um segundo semestre de 2020 com sinais de recuperação, a situação neste início de ano para o setor está "tão ou mais dura do que no auge de 2020",

Além do retorno do auxílio, o executivo defende a volta do programa de suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornada.

"Isso impediu uma massa de desempregados bem maior. Se algo deu certo na primeira fase do combate à Covid-19, essa medida deve ser mantida", afirma.

Cronograma da vacina Na visão do presidente da Fecomércio-RJ, a vacinação é o que existe de mais concreto em termos de gerar a segurança necessária para as pessoas voltarem a circular e consequentemente consumir mais.

"Creio na retomada econômica em "V", que teremos, após a depressão, uma forte recuperação em razão de uma enorme demanda represada e de investimentos que estavam engatilhados e ficaram para depois. Mas isso só acontecerá quando tivermos toda a população vacinada e retomando as atividades", diz.

Com o cronograma incerto em relação às vacinas, Queiroz Junior diz que o comércio não pode esperar por esse cenário e é preciso de medidas para "assegurar que em 2021 não nos afundemos mais". "Para isso, é fundamental que nos vacinemos logo e, ao mesmo tempo, as medidas econômicas sejam um paliativo para evitar o colapso social", afirma.

Restrições nos estados

 Em relação ao fato de que alguns estados estão adotando medidas de maior restrição de circulação e fechamento do comércio, o executivo diz que é preciso respeitar a decisão das autoridades locais, mas argumentou que o comércio não é o culpado pelo retorno de elevados números de mortes por conta do coronavírus.

"Respeitamos as restrições que as autoridades locais determinam. Elas certamente têm o suporte de pessoas qualificadas para fazer essas avaliações", diz. "Mas é preciso ser claro.

No Rio, por exemplo, o comércio reabriu em junho, e não houve aumento de casos nos meses seguintes. Isso ocorreu, sim, como no país inteiro, agora no fim do ano e em janeiro. Então, não pode ser atribuída essa responsabilidade ao comerciante", completa.

Sem apoio ao impeachment.

Queiroz Junior se diz contra um possível impeachment do presidente Jair Bolsonaro e diz que uma nova ruptura na política trará danos à economia e, obviamente, ao comércio.

"A instabilidade é péssima para o país e para a economia. Qual seria a linha econômica a ser adotada pelo novo governo? Como seria a postura do Congresso? E as reformas? Todas essas dúvidas mais atrapalham do que ajudam e o resultado é que ninguém fará investimentos robustos sem saber qual será a política econômica desta gestão", diz.

Fonte: Carla Araújo/Do UOL, em Brasília

Jornalista:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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