A deputada estadual Janaina Riva (MDB) defendeu uma redução no orçamento dos Poderes, fixado no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2002 em 8,35%, para equiparar com o índice de Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores, de 6,05%.
Conforme ela, como aumentar a RGA é algo impossível de ocorrer para o próximo ano e a discussão em torno do tema geraria apenas mais desgaste na Casa e junto ao Executivo, a saída seria os órgãos “abrirem um pouco a mão” dos valores a serem recebidos no próximo ano, que é usado para manter as instituições e pagar o salário de seus próprios servidores.
“A RGA está pacificada e não adianta querer modificar e ser vetado e depois se manter o veto e a gente não vai a lugar algum. Por isso que sugeri que reduzisse o repasse dos Poderes”, disse
“É lógico que todo mundo gostaria de ganhar mais, mas temos vários compromissos feitos pelo Estado, de investimento, que ele não abre mão.
Então, para a gente não entrar em uma queda de braço, todo mundo poderia abrir mão de um pouquinho”, acrescentou.
Janaina disse que, caso isso ocorresse, daria a demonstração à sociedade de que todo mundo está contribuindo de alguma forma para o caixa do Estado “ficar redondo”.
“Isso daria um conforto maior para os servidores”, afirmou.
Na mesma proporção
A emedebista acredita que o tema ainda será pauta do Colégio do Líderes, encontro semanal na Assembleia entre os deputados considerados lideranças partidárias, para escolha dos temas a serem pautados.
Ela lembrou que já houve, tempos atrás, uma grande discussão para garantir a equiparação dos valores repassados a todos os Poderes.
Isso porque, no passado, cada Poder recebia um reajuste próprio e o repasse em índices divergentes era visto como “injusto”.
Segundo ela, o mesmo movimento que houve para que a correção dos valores seja feita de forma isonômica entre os Poderes deve ser repetido agora.
Janaina ressaltou que, para ela, a correção do duodécimo dos Poderes ficou “mais justa” do que a dos servidores, indo de encontro ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), sendo realmente o índice a ser reparado em relação à inflação.
“Então, não é uma crítica à correção exclusivamente aos Poderes, mas acredito que tenha que ser igual, na mesma proporção, que os servidores”, afirmou.
Fonte: midia news
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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